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Após o dia 4 de abril, mercados estarão proibidos de fornecerem sacolas plásticas gratuitamente

No dia 25 de janeiro, os supermercados do Estado de São Paulo deixaram de utilizar as sacolinhas plásticas convencionais. No lugar delas, o consumidor deveria portar embalagens reutilizáveis para carregar as compras ou, caso não tivesse nenhuma à disposição, pagar R$ 0,19 para carregar seus produtos com uma sacola compostável. No entanto, o Ministério Público do Estado de São Paulo e o Procon-SP fizeram restrições à campanha da Associação Paulista de Supermercados (APAS), chamada “Vamos Tirar o Planeta do Sufoco”, e recolocaram a sacola plástica convencional em cena novamente, mas apenas por 60 dias.

Essas condições foram estabelecidas em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que obriga os supermercados a fornecerem gratuitamente sacolinhas para o consumidor durante um período de transição (de 4 de fevereiro a 4 de abril). Após o fim do prazo, nenhum supermercado poderá ceder sacolas plásticas para os consumidores, mas durante os seis meses seguintes (ou seja, até setembro), os estabelecimentos poderão vender sacolas reutilizáveis econômicas por até R$ 0,59.

Reviravoltas confundem a população e os próprios funcionários

A reportagem da eCycle foi às ruas do centro de São Paulo para saber como o consumidor está se comportando com tantas informações desencontradas. A enfermeira Maria de Lourdes Barbosa, de 35 anos, carregou sua ecobag ao supermermercado, mas “por sorte”. “Normalmente eu não costumo levar”, disse. Ela não gosta do inconveniente de ter que transportar uma sacola grande para o mercado, mas reconhece a necessidade ambiental. “Isso é bom. Por esse motivo é possível acostumar”, revela.

Já a dona Adelaide Nilma, 71, empurrava um carinho de pano e mais uma grande sacola quando saiu do supermercado. “Eu acho (a campanha) um engodo. Quando era de graça não poluía o meio ambiente. Mas, agora, a sacolinha que precisa pagar não polui?”, questionou. A confusão de dona Adelaide se deu porque as sacolas à disposição no mercado são as mesmas de antes, só que ela não sabia que não era necessário pagar pelas sacolinhas no período de 60 dias de prazo para adequação dos mercados. Uma própria funcionária do mercado em questão afirmou, erroneamente, que a sacola plástica de petróleo era compostável.

O motorista Miguel dos Santos, de 30 anos, portava uma mochila e um grande saco de lixo ao entrar no mercado. Além de considerar uma dificuldade a mais ter que levar algo para carregar as compras, ele desconfia dos interesses envolvidos na campanha. “Pela questão ambiental eu também tenho dúvidas. Já me informei que a sacola compostável não faz tanta diferença assim”, afirmou.

O fim das sacolinhas é um avanço?

Apesar da pouca informação passada a consumidores e aos próprios funcionários de supermercados, a questão fundamental é saber se o banimento das sacolinhas vai ser um passo adiante em termos ambientais.

A APAS afirma que quer conscientizar a população e incentivar o fim do descarte incorreto de bilhões de sacolinhas no Estado de São Paulo. Já o Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos (Plastivida), afirma que a sacola cumpre funções de higiene, tanto no carregamento de compras, quanto no revestimento de lixo, e que representa uma parcela muito pequena do total dos resíduos em lixões em aterros.

Para aprofundar a questão a eCycle irá apresentar mais matérias sobre o tema, evidenciando a posição dos envolvidos para que seja possível a melhor compreensão da posição dos diversos agentes evolvidos, em perspectiva a Política Nacional de Resíduos Solidos (PNRS), que entrará em vigor em 2014.

Saiba onde reciclar sacolas plásticos na seção Postos de Reciclagem!

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