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Escassez de oxigênio em águas mais quentes e migração são os principais motivos

Um novo estudo dos oceanos do planeta indicou que é provável que o aquecimento global cause a diminuição do tamanho dos peixes em até 25% nas próximas décadas. Cientistas alertaram que a redução no tamanho dos peixes é acompanhada pela diminuição dos estoques de pescados em todo o mundo, em um momento em que a pressão ecológica é cada vez maior e a demanda crescente.

O Professor Willian Cheung, da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, que liderou a pesquisa, não esperava que os efeitos fossem tão relevantes. O projeto analisou as consequências do aumento das temperaturas dos oceanos no crescimento e na distribuição de mais de 600 espécies de peixes no mundo todo e descobriu que deve haver uma redução de tamanho entre 14% e 25 % até 2050, com efeitos mais severos em regiões tropicais.

Outros efeitos

Já o Professor Callum Roberts, da Universidade de York, que não é um dos autores do estudo, alerta que outros efeitos das mudanças climáticas, como a acidificação dos oceanos e a redução das quantidades de nutrientes, ajudam a reduzir os estoques mundiais de pescados ainda mais rápido enquanto se continua praticando a pesca irracional. Roberts alega ainda que mais de um bilhão de pessoas no mundo dependem da pesca como fonte principal de proteínas, e esse número deve aumentar em países em desenvolvimento.

O encolhimento previsto dos peixes tem duas causas principais: a dificuldade dos peixes crescerem em águas mais quentes (possuem menos oxigênio) e a migração.

De acordo com Cheung, a taxa metabólica dos peixes se eleva quando a temperatura da água sobe, o que aumenta também a demanda do organismo por oxigênio. No entanto, a água quente possui menos oxigênio, o que limita o crescimento. Além disso, os peixes menores que vivem nos trópicos devem migrar para regiões temperadas ou polares à medida em que os oceanos se aquecem, reduzindo o tamanho médio dos peixes.

Mais estudos

Ainda segundo Cheung, os efeitos já começam a ser percebidos e apontados por outros estudos, como um de 2011, que revelou uma diminuição do tamanho dos hadoques no Mar do Norte, relacionado ao aumento da temperatura. A equipe de Cheung projeta aumentos de temperatura utilizando dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC – sigla em inglês).

Além disso, segundo Roberts, o dióxido de carbono liberado na atmosfera é dissolvido no oceano, aumentando a acidez da água. Isso seria bastante prejudicial para muitos organismos que estão na base da cadeia alimentar, portanto, que possuem papel fundamental na manutenção do equilíbrio ecológico. Para o cientista, essas são algumas das razões que tornam emergencial o controle das emissões de gases que provocam mudanças climáticas.

Para acessar o estudo completo (em inglês), clique aqui.


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